O Amor de Martinho Lutero pela Virgem Maria


“Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48)

No desejo de conhecer o pensamento de Martinho Lutero, sobre Nossa Senhora, encontrei várias afirmações que relatam o seu amor a Virgem Maria, Mãe de Deus.
Uma delas por exemplo afirma a virgindade de Maria: “O Filho de Deus fez-se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo sem o auxílio de varão e nascer de Maria pura, santa e sempre virgem. (Martinho Lutero, “Artigos da Doutrina Cristã”). “Peçamos a Deus que nos faça compreender bem as palavras do Magnificat…Oxalá Cristo nos conceda esta graça por intercessão de sua Santa Mãe! Amém. (Martinho Lutero, “Comentário do Magnificat”). “Maria é digna de suprema honra na maior medida” – art. IX da Apologia da Confissão de fé de Augsburg (documento-texto muito importante do Luteranismo).
Para Lutero, nunca foi problema a virgindade de Maria, muito menos ser ela escolhida para ser mãe do Salvador por isso ele afirma: “Não há honra, nem beatitude, que se aproxime sequer, por sua elevação, da incomparável prerrogativa, superior a todas as outras, de ser a única pessoa humana que teve um Filho em comum com o Pai Celeste” – Martinho Lutero, “Deutsche Schriften, 14, 250″. Ele tinha tamanha admiração e respeito por Maria, que recitava todos os dias o “Magnificat” o canto de Maria e sempre acreditou que ela seria proclamada bem aventurada por todas as nações.
Assim escreve M.Basilea Schlink: “Lutero honrou Maria até o fim de sua vida, santificava suas festas e cantava diariamente o Magnificat (…) perdeu-se na igreja evangélica, em tempos posteriores à Reforma, todas as festas à Maria e tudo o que nos trazia sua lembrança (…) estamos padecendo as consequências dessa herança de receio e temor.’’
 “Ser Mãe de Deus é uma prerrogativa tão alta, coisa tão imensa, que supera todo e qualquer intelecto. Daí lhe advém toda a honra e a alegria e isso faz com que ela seja uma única pessoa em todo o mundo, superior a quantas existiam e que não tem igual na excelência de ter com o Pai Celeste um filhinho comum. Nestas palavras, portanto, está contida toda a honra de Maria. Ninguém poderia pregar em seu louvor coisas mais magníficas, mesmo que possuísse tantas línguas quantas são na terra as flores e folhas nos campos, nos céus as estrelas e no mar os grãos de areia.” – Martinho Lutero.
Martinho Lutero, não desejava descartar a presença de Maria na história da salvação e sim incluí-la de tal maneira, honrosa e dignificante que ela fosse considerada como um elemento fundamental nos planos de Deus, e na vida dos cristãos.

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