Onde está Pedro, está a Igreja!

Não é difícil encontrar por aí pessoas e instituições dedicadas na tarefa de caluniar e denegrir a imagem do pastor da Igreja Católica Apostólica Romana, nosso santo padre, o Papa. O que muita gente não compreende ou talvez não busque saber é o porquê de sua existência, qual a sua tarefa e a sua importância.
O papa é nada menos que o pastor dos fiéis da Igreja Católica, escolhido e nomeado pelo próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo! O sucessor de Pedro, aquele sobre o qual Deus fundou a Sua igreja. A igreja que Jesus instituiu para continuar levando seus ensinamentos a todos os povos da terra, depois que Ele próprio tivesse voltado para junto do Pai nos céus. Uma igreja que não foi criada por homens e um pastor para pastorear suas ovelhas, que Jesus disse que não abandonaria até o fim dos tempos.
Quem é o Papa? Como esse posto foi criado e por quem? Por que devo apoiá-lo? Por que precisamos dele e devemos respeitá-lo? É para responder a essas perguntas que nós do Quero Saber Sobre Deus trazemos hoje o artigo escrito pelo nosso irmãozinho Diego Galvão, um advogado cristão, um eterno estudioso e pesquisador dos ensinamentos de Deus que muito tem a contribuir com este humilde espaço de informação criado pela inspiração divina e mantido para honra e glória de Deus.
As respostas de perguntas surgidas a respeito da figura do Papa serão esclarecidas em dois posts, neste que segue abaixo e em outro que será postado em seguida. Boa leitura ao amigo internauta!

DE MÃOS DADAS AO SUCESSOR DE PEDRO

“tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (São Mateus 16:18)

Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. (Mt 16, 17-19). Essas palavras, ditas por Cristo ao Apóstolo Pedro, ecoaram de tal forma que lançaram os alicerces da Igreja de nosso Senhor que, escolhido pelo próprio Cristo, teria Simão Pedro, irmão de André e filho de Jonas como o chefe da mesma e o fundamento de sua unidade!
De fato, Cristo sabia que não estaria com os seus durante muito tempo, e era seu desejo que seus ensinamentos fossem levados a todos os povos da terra, como declarou expressamente:
Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. (Mt 28, 19-20).
Sabia também que sua santa doutrina e sua morte redentora faria gerar um enorme rebanho. Mas, uma vez agrupado tal rebanho, era necessário alguém que o conduzisse, que o apascentasse, a fim de que o mesmo não se perdesse! Ele, soberano Senhor, que sabia que casa firme é aquela construída sobre a rocha (Mt 7, 24-25), escolheu a Pedro para apascentar seu rebanho:
Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu ele: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros. Perguntou-lhe outra vez: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros. Perguntou-lhe pela terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: Amas-me?, e respondeu-lhe: Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas.” ( Jo 21, 15-17).
Simão teve seu nome alterado para pedra, para exprimir o papel que desempenharia na Igreja (Cristo falava aramaico, e “kepha”, palavra aramaica, significa Pedro e pedra), presidiu a escolha de Matias para o lugar de Judas (At 1, 1-25); foi o primeiro a anunciar o Evangelho no dia de Pentecostes e na era da Igreja (At 2, 14-36); acolheu na Igreja o primeiro pagão (At 10,1); no Concílio de Jerusalém, o primeiro da história, foi o principal responsável pela decisão sobre a questão da circuncisão e da evangelização dos pagãos, dizendo a Bíblia, expressamente, que “toda a assembléia silenciou” (At 15, 7-12); seu nome aparece em primeiro lugar em todas as listas que enumeram os Apóstolos, ao passo que o nome de Judas Iscariotes vem sempre por último (Mt 10,2; Mc 3, 16; Lc 6,14; At 1,13); Jesus orou para que “a sua fé não desfalecesse” (Lc 22, 32). Muitas outras evidências colocam Simão em preeminência, mas estas já são suficientes.
Por tudo isso, percebemos claramente que Pedro foi o primeiro líder da Igreja! Sendo Bispo de Roma, lá esteve e lá foi martirizado, como atestam muitos testemunhos dos primeiros séculos, como os de Orígenes, Clemente de Alexandria, Tertuliano, Santo Irineu, Dionísio, Santo Inácio de Antioquia e outros. Orígenes (+ 254), chegou a dizer: “São Pedro, ao ser martirizado em Roma, pediu que fosse crucificado de cabeça para baixo”. Na década de 1950, geólogos, historiadores e pesquisadores, em escavações na região do Vaticano, encontraram o túmulo do Santo Apóstolo.
Entretanto, com a morte de Pedro, a Igreja não poderia ficar “acéfala”, sem líder! Outro deveria ocupar seu lugar, e assim o foi e deve ser até o fim dos tempos. Cristo, que disse aos Apóstolos que com eles estaria até a consumação dos séculos (Mt 28, 19-20), não abandonaria os sucessoresdeles. A Igreja deveria continuar, sem que as portas do inferno prevalecessem sobre ela! Os Apóstolos instruiriam a outros, que passariam a exercer suas funções. Podemos citar como exemplo Barnabé, escolhido para a sua missão especial pelo Espírito Santo (At 18, 2), sendo depois chamado também de Apóstolo (At 14, 13). Mas quem ocupou o lugar de Pedro? Quem passou a ser o líder? A história não nos deixa desamparados, e testemunhos dos primeiros séculos apresentam os sucessores do Príncipe dos Apóstolos!
Um destes testemunhos é o de Santo Irineu, Bispo de Lião, escritor do 2º século, que foi discípulo de São Policarpo que, por sua vez, o foi do Apóstolo São João. Pois bem, Santo Irineu disse que “Pedro e Paulo, tendo fundado e instruído a igreja de Roma, transmitiram o episcopado a Lino e lhe sucedeu Anacleto e depois deste, Clemente tem em terceiro lugar o episcopado que vem dos Apóstolos.” Falando nos outros sucessores, Santo Irineu os cita até o 12º, que foi Eleutério, que governou a Igreja de 174 a 189 d. C.
A sucessão no trono de Pedro não parou! Até o século VI o Bispo de Roma não tinha uma denominação fixa, pois outros bispos também eram chamados de papa ou sumo-pontífice (Pontífice é o nome que era utilizado para definir o supervisor das atividades religiosas da antiga Roma. Como a Igreja Católica tem Roma por sede, esse nome passou a ser utilizado para denominar os chefes religiosos e, mais tarde, o Papa). A partir de então, começou-se a reservar apenas ao pontífice-romano o nome de Papa. Atualmente, Jorge Mario Bergoglio, que atende pelo nome de Papa Francisco, é o 265º sucessor de São Pedro, e o 266º Papa na história da Igreja.
O Catecismo da Igreja diz: “§882. O Papa, Bispo de Roma e sucessor de São Pedro, “é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos, quer da multidão dos fiéis” “Com efeito, o Pontífice Romano, em virtude de seu múnus de Vigário de Cristo e de Pastor de toda a Igreja, possui na Igreja poder pleno, supremo e universal. E ele pode exercer sempre livremente este seu poder.”! E, também, após ratificação do Concílio Vaticano I (1869-1870) de que o Papa é infalível quando proclama algo concernente à fé e à moral: “§891. Goza desta infalibilidade o Pontífice Romano, chefe do colégio dos Bispos, por força de seu cargo quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis e encarregado de confirmar seus irmãos na fé, proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé ou aos costumes… A infalibilidade prometida à Igreja reside também no corpo episcopal quando este exerce seu magistério supremo em união com o sucessor de Pedro”, sobretudo em um Concílio Ecumênico. Quando, por seu Magistério supremo, a Igreja propõe alguma coisa “a crer como sendo revelada por Deus” como ensinamento de Cristo, “é preciso aderir na obediência da fé a tais definições”. Esta infalibilidade tem a mesma extensão que o próprio depósito da Revelação divina.” Sobre fé e moral, valem as palavras de Santo Agostinho: “Roma falou, acabou-se a questão!
Pois bem, queridos irmãos, hoje o Papa é atacado por muitos inimigos da Igreja, que desejam ferir o Pastor para que as ovelhas se dispersem. Caluniado, acusado e ridicularizado, constantemente, é o Vigário de Cristo contestado! Com um governo irrepreensível e sem abrir mão dos valores inegociáveis da fé cristã e da moral católica (quando, por exemplo, disse, durante a campanha das eleições presidenciais americanas, ser o aborto e a eutanásia “claro pecado grave”), Bento XVI lidera com pulso firme o rebanho do Cordeiro de Deus.
Com efeito, o que o Papa precisa de nós é de apoio! Precisamos nos deixar guiar por ele! Devemos orar com ele e por ele; comungar em união com ele e por ele; chorar com ele e por ele; e sorrir com ele e por ele. Precisamos escutá-lo e segui-lo: Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.” (Lc 10, 16), já disse Cristo aos seus Apóstolos.
Sendo, pois, chefe e fundamento da Una, Santa, Católica e Apostólica Igreja de Jesus Cristo, a únicapor Ele instituída, e que atravessou sem desmoronar as Idades Antiga, Média, Moderna, chegando à Contemporânea, e na certeza de que chegará até o fim dos tempos, podemos dizer, como já o fizeram outrora Santo Ambrósio (340-397), Bispo de Milão, e outros: “Ubi Petrus, ibi Ecclesia” ou “Onde está Pedro, está a Igreja!”.

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